Soneto do inquilino
Amor é jogo que tarde ou cedo vai doer
Menina se doer não reclame, agüente
Esse sentimento mascarado mente,
Pra essa dor que definha sem morrer.
Sempre mais do que merece, quer...
E aluga um andar vazio dentro da gente.
A cor das paredes da vida
Ele muda sem detalhe aparente.
Menina, estás presa de verdade
Por servir esse inquilino opressor
Locadora prazerosa dessa dor de lealdade.
Mas, como despejar sem temor
Quem pintou de fogo uma amizade
E sem assinar contrato
Decorou o único espaço
Reservado para o amor.
Vânia Brs
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Esperança Lua
Vejo através do tempo
Quanto imenso é esse meu sentimento
Que atravessa lento
Essa névoa cinzenta
Que me deixa ciumenta
Dessa sua beleza nua.
Quanta saudade amarga
Guarda essa espera árdua
E dentro da noite escura
Suspiro nesse momento
Sob o brilho fosco da Lua
Iluminando o céu nevoento
Projetando uma imagem sua
Vânia Brs
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Bordeaux
Sou uma garrafa vazia
Em anestesiada euforia
Linho branco que o vinho manchou
Colorindo o que eu vestia
Com aquele macio "Bordeaux"
Que você deixou vazio
Descortinada à luz de vela
Velada nessa lembrança inquieta
Na mesma cantina deserta
A música ainda é aquela
Só um brinde... de brincadeira
Dissemos tantas besteiras
Sorveste o vinho, sereno
E mais uma garrafa inteira
Embebido na minh'alma
Em goles lentos de gozo pleno
Toda adega é coisa tão pouca
Pra quem morre dessa sede louca
De um volume que não se mede
E que ainda me trava a boca
Decantado o vinho
Cantada qual perfeita musa
Me deixaste turva
Repleta de resíduos teus
Que na chama da luz difusa
Ateavam os desejos meus
Meu olfato impregnado
No ato
De tanto respirar você
Me asfixia nesse seu buquê
A melhor safra, meu melhor momento
Na garrafa a temperatura certa
E no corpo um calor intenso
Contamos tantos segredos
Quantos os copos em nossas mãos
Mãos tontas que buscando alento
Diluíram em álcool meu pensamento
Aprendiz de Baco
Mas doutorado em sedução
O local e o momento exato
Pra mais perfeita união
Perdão legado dos Deuses
Pois nem um coração de aço
Evitaria que eu caísse
Na armadilha dos teus braços
Hoje eu vim
Vim, pra saber
Se alguém achou no caminho
Os rastros daquele "vinho"
Que de tão pouco acabou
Se ainda retenho a taça
Nos lábios que ele beijou
Eterno degustador
Dessa minha agonia rouca
Que ainda sussurra na boca
Com o prazer de um vencedor
"IN VINUM", jamais, VERITAS"
Se não há sinceridade
Em palavras tão malditas
No silêncio da mesma música
Sou a mesma garrafa vazia
O vento que apagou a vela
Minh'alma deixou mais fria
Embriagada, mas não de vinho
Por tantas mentiras deglutida
Aprisionada naquele rótulo
No mesmo gesto monótono
Na melhor safra da melhor bebida
Sozinha naquela mesa
Com os acordes de um velho pinho
A música ainda é a mesma
Banhada no mesmo vinho
Garção! Traz-me duas taças
O melhor vinho da melhor safra
Ergue por caridade
Um brinde de brincadeira
Pra vida, que por maldade
Num tolo instante perdido
Se derramou inteirinha
No linho do meu vestido
Vinho, volúvel desejo
Volátil se evaporou
Fugindo pelos meus poros
Nas gotas desse "Bodeaux"
Vânia Brs.
Sou uma garrafa vazia
Em anestesiada euforia
Linho branco que o vinho manchou
Colorindo o que eu vestia
Com aquele macio "Bordeaux"
Que você deixou vazio
Descortinada à luz de vela
Velada nessa lembrança inquieta
Na mesma cantina deserta
A música ainda é aquela
Só um brinde... de brincadeira
Dissemos tantas besteiras
Sorveste o vinho, sereno
E mais uma garrafa inteira
Embebido na minh'alma
Em goles lentos de gozo pleno
Toda adega é coisa tão pouca
Pra quem morre dessa sede louca
De um volume que não se mede
E que ainda me trava a boca
Decantado o vinho
Cantada qual perfeita musa
Me deixaste turva
Repleta de resíduos teus
Que na chama da luz difusa
Ateavam os desejos meus
Meu olfato impregnado
No ato
De tanto respirar você
Me asfixia nesse seu buquê
A melhor safra, meu melhor momento
Na garrafa a temperatura certa
E no corpo um calor intenso
Contamos tantos segredos
Quantos os copos em nossas mãos
Mãos tontas que buscando alento
Diluíram em álcool meu pensamento
Aprendiz de Baco
Mas doutorado em sedução
O local e o momento exato
Pra mais perfeita união
Perdão legado dos Deuses
Pois nem um coração de aço
Evitaria que eu caísse
Na armadilha dos teus braços
Hoje eu vim
Vim, pra saber
Se alguém achou no caminho
Os rastros daquele "vinho"
Que de tão pouco acabou
Se ainda retenho a taça
Nos lábios que ele beijou
Eterno degustador
Dessa minha agonia rouca
Que ainda sussurra na boca
Com o prazer de um vencedor
"IN VINUM", jamais, VERITAS"
Se não há sinceridade
Em palavras tão malditas
No silêncio da mesma música
Sou a mesma garrafa vazia
O vento que apagou a vela
Minh'alma deixou mais fria
Embriagada, mas não de vinho
Por tantas mentiras deglutida
Aprisionada naquele rótulo
No mesmo gesto monótono
Na melhor safra da melhor bebida
Sozinha naquela mesa
Com os acordes de um velho pinho
A música ainda é a mesma
Banhada no mesmo vinho
Garção! Traz-me duas taças
O melhor vinho da melhor safra
Ergue por caridade
Um brinde de brincadeira
Pra vida, que por maldade
Num tolo instante perdido
Se derramou inteirinha
No linho do meu vestido
Vinho, volúvel desejo
Volátil se evaporou
Fugindo pelos meus poros
Nas gotas desse "Bodeaux"
Vânia Brs.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Divagações
Eu estou em Los Angeles
Mas meu coração não está comigo
Não queria sentir esta distância agora
Das coisas que aprendi contigo
Mas permaneces nas horas
E em nossas vontades divididas
Nessas batidas infinitas
Que trazem esperanças esquecidas
E sua imagem ainda
Eu estou em L.A.
Mas meu pensamento está aí
Aí do seu lado
Aí na sua cama
Ouvindo o seu respirar compassado
Sentindo o calor que seu seu corpo emana
Meus olhos se fixam no teto
Porque olhando o vazio
Formo o seu rosto completo
Sua boca de mil sorrisos
Os seus olhos atrevidos
Que atravessavam meus vestidos
Estou em L.A. ou estou aí?
Já não sei aonde estou
Não estou em mais nada
Sou uma criança perdida
Diante do brinquedo quebrado
Sou uma mulher sofrida
Com a ausência do homem amado
Vânia Brs.
Eu estou em Los Angeles
Mas meu coração não está comigo
Não queria sentir esta distância agora
Das coisas que aprendi contigo
Mas permaneces nas horas
E em nossas vontades divididas
Nessas batidas infinitas
Que trazem esperanças esquecidas
E sua imagem ainda
Eu estou em L.A.
Mas meu pensamento está aí
Aí do seu lado
Aí na sua cama
Ouvindo o seu respirar compassado
Sentindo o calor que seu seu corpo emana
Meus olhos se fixam no teto
Porque olhando o vazio
Formo o seu rosto completo
Sua boca de mil sorrisos
Os seus olhos atrevidos
Que atravessavam meus vestidos
Estou em L.A. ou estou aí?
Já não sei aonde estou
Não estou em mais nada
Sou uma criança perdida
Diante do brinquedo quebrado
Sou uma mulher sofrida
Com a ausência do homem amado
Vânia Brs.
Nossa Idade
Por tanto percorrer caminhos
Só esse corpo sabe
Só essa alma sente
A velhice traz a beleza da conquista
Nos traços dessa aparência
Que o tempo transforma em transparência
De tudo já ouvio um pouco
Provou das delícias e amarguras terrenas
Ser velho só é pejorativo
Quando alguém, mesmo na mocidade
Se deixando esquecer
É esquecido pela própria vida
Ao perder o senso da curiosidade
Embora 100 anos vividos, corpo cansado
Traz contigo a alma leve
E sedenta de novidades
Sendo tão jovem como a criança
Que começa a descobrir o mundo
Sorrindo, desconfiada...
O velho sabe que tudo isso, foi seu, é seu
E sempre o será
Através das suas experiências e produções
Se esse tempo indolente nos transforma
De um jeito tão duro
Nos deixa traçar no passado
A seta que conduz certeira
A estrada infinita do futuro...
Vânia Brs.
Por tanto percorrer caminhos
Só esse corpo sabe
Só essa alma sente
A velhice traz a beleza da conquista
Nos traços dessa aparência
Que o tempo transforma em transparência
De tudo já ouvio um pouco
Provou das delícias e amarguras terrenas
Ser velho só é pejorativo
Quando alguém, mesmo na mocidade
Se deixando esquecer
É esquecido pela própria vida
Ao perder o senso da curiosidade
Embora 100 anos vividos, corpo cansado
Traz contigo a alma leve
E sedenta de novidades
Sendo tão jovem como a criança
Que começa a descobrir o mundo
Sorrindo, desconfiada...
O velho sabe que tudo isso, foi seu, é seu
E sempre o será
Através das suas experiências e produções
Se esse tempo indolente nos transforma
De um jeito tão duro
Nos deixa traçar no passado
A seta que conduz certeira
A estrada infinita do futuro...
Vânia Brs.
Amo-te
Amo-te na era de hoje
E a cada dia mais
Amo-te no amanhã como há tantos atrás
Amo-te incalculavelmente
Pois meu amor transcende futuro, passado e presente
Amo-te à luz do dia com fulgor e ardência
Amo-te na escuridão da noite com plenitude e inocência
Amo-te agora neste momento
E através do tempo
Amando-te em forma de pensamento
Amo-te tanto que o espaço pra te dizer é pouco
Pois amo até a frieza de tu'alma
Na presença calorosa do meu corpo
Vânia Brs.
Amo-te na era de hoje
E a cada dia mais
Amo-te no amanhã como há tantos atrás
Amo-te incalculavelmente
Pois meu amor transcende futuro, passado e presente
Amo-te à luz do dia com fulgor e ardência
Amo-te na escuridão da noite com plenitude e inocência
Amo-te agora neste momento
E através do tempo
Amando-te em forma de pensamento
Amo-te tanto que o espaço pra te dizer é pouco
Pois amo até a frieza de tu'alma
Na presença calorosa do meu corpo
Vânia Brs.
Uma Estória
Era uma vez uma estória
perdida dentro da história
era alegre e cheia de tristeza
era feia e repleta de beleza
pelo fato de ser ambígua, existia...
era forte e tão fraca
era franca e mentia
dava a vida para viver
mas em seu ser
a morte adormecia
essa estória era criança, brilho de sol
e flor do campo
por vezes ébano, labirinto
e abismo amplo
era um todo com tanto pra dar
que nem sabia o quê
essa estória não "era"
essa estória sou eu
é minha e tudo de meu
e a única que eu sei contar
Vânia Brs.
Era uma vez uma estória
perdida dentro da história
era alegre e cheia de tristeza
era feia e repleta de beleza
pelo fato de ser ambígua, existia...
era forte e tão fraca
era franca e mentia
dava a vida para viver
mas em seu ser
a morte adormecia
essa estória era criança, brilho de sol
e flor do campo
por vezes ébano, labirinto
e abismo amplo
era um todo com tanto pra dar
que nem sabia o quê
essa estória não "era"
essa estória sou eu
é minha e tudo de meu
e a única que eu sei contar
Vânia Brs.
Meu Pássaro
Ao alçar o vôo mais alto
Que as próprias asas podiam alcançar
Levaste embora contigo
Algo que não devias levar
Na distância, no espaço livre
Esqueceste tão rápido o que ficou
E eu que cultivo ainda
A lembrança que de ti restou
Voas como um pássaro
Dono de toda a natureza
E deixas a terra molhada
Banhada por minha tristeza
Vânia Brs.
Ao alçar o vôo mais alto
Que as próprias asas podiam alcançar
Levaste embora contigo
Algo que não devias levar
Na distância, no espaço livre
Esqueceste tão rápido o que ficou
E eu que cultivo ainda
A lembrança que de ti restou
Voas como um pássaro
Dono de toda a natureza
E deixas a terra molhada
Banhada por minha tristeza
Vânia Brs.
terça-feira, 16 de junho de 2009
Mar Sereno
Sexta-feira, 22 de Agosto de 2008
Um Poema
Mar serenoLuz de céu azul pleno
Pleno de saudade
Bruma de castidade
Nessa ausência
Intensa...
Nuvens claras que carrega o vento
Tantos secretos segredos
Sussurram nesse mar sereno
Suave e inebriante brisa
Ecoa no murmurar das ondas
Beijos distantes levados nesse vento
Buscando num movimento tenso
Beijar seus lábios sedentos
Banhados de um desejo imenso
Vânia Brs.
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