quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Soneto do inquilino

Amor é jogo que tarde ou cedo vai doer
Menina se doer não reclame, agüente
Esse sentimento mascarado mente,
Pra essa dor que definha sem morrer.

Sempre mais do que merece, quer...
E aluga um andar vazio dentro da gente.
A cor das paredes da vida
Ele muda sem detalhe aparente.

Menina, estás presa de verdade
Por servir esse inquilino opressor
Locadora prazerosa dessa dor de lealdade.

Mas, como despejar sem temor
Quem pintou de fogo uma amizade
E sem assinar contrato
Decorou o único espaço
Reservado para o amor.

Vânia Brs

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